Entenda a 2ª fase da Reforma Tributária

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2ª fase Reforma Tributária

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Afinal, quais são as mudanças propostas na 2ª fase da Reforma Tributária apresentada ao Congresso? Saiba o que esperar dessa nova etapa.

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O texto da 2ª fase da Reforma Tributária proposta pelo Executivo foi entregue pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes, no último dia 25 de junho. A proposta possui como principais pontos mudanças nas faixas de isenção de Imposto de Renda e uma reedição na tributação de IR sobre dividendos nacionais.

A ideia do Governo é dividir a transformação do sistema tributário em várias fases, com mudanças graduais. Em 2020 foi proposta a primeira fase da Reforma Tributária com o PL 3887/2020, que institui a Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), um IVA federal.

Mas o que podemos esperar da 2ª fase da Reforma Tributária? Descubra ao longo deste artigo!

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O que muda com a 2ª fase da Reforma Tributária?

Os destaques da 2ª fase da Reforma Tributária são a modificação das faixas de isenção do IR e a tributação de IR sobre dividendos. Na prática, as mudanças afetam as pessoas físicas, pessoas jurídicas e investimentos financeiros.

Confira a seguir as principais mudanças trazidas pela 2ª fase da Reforma Tributária:

Pessoa Física

Para as pessoas físicas, a 2ª fase da Reforma Tributária prevê uma atualização da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física. A partir disso, acontecerá um aumento de 31% na faixa de isenção – e mais de 5,6 milhões passarão a ser considerados isentos.

  • Desconto simplificado restrito: o desconto simplificado de 20% fica restrito a quem recebe até R$ 40 mil por ano.
  • Atualização do valor dos imóveis: esse será um benefício para o cidadão que quiser atualizar o valor dos seus imóveis, pagando muito menos imposto na hora da vender. Será permitido atualizar os valores patrimoniais, com incidência de apenas 5% de imposto sobre a diferença.
  • Lucros e dividendos distribuídos: serão tributados os lucros e dividendos distribuídos em 20% na fonte. Entretanto, haverá uma isenção para até R$ 20 mil por mês para microempresas e empresas de pequeno porte. A ideia é que essa nova tributação incentive novos investimentos, já que estimula o reinvestimento dos lucros.

Pessoa Jurídica

Os objetivos das mudanças do projeto de Reforma Tributária para Pessoa Jurídica são:

  • Mais produtividade, competitividade e investimento;
  • Tributação mais justa;
  • Eliminar brechas para não pagamento de impostos.

Veja quais são as medidas propostas na 2ª fase da Reforma Tributária:

  • Redução de IRPJ: alíquota geral terá queda em duas etapas: dos 15% atuais para 12,5% em 2022 e 10% a partir de 2023. Além disso, o adicional de 10% para lucros acima de R$ 20 mil por mês permanece.
  • Pagamento em ações: pagamentos de gratificações e participação nos resultados aos sócios e dirigentes feitos com ações da empresa não poderão ser deduzidos como despesas operacionais.
  • Juros sobre capital próprio: vedação à possibilidade de deduzir juros sobre o capital próprio.
  • Reorganização de empresas: novas regras para a reorganização de empresas e tributação do ganho de capital na venda de participações societárias – impedindo o aproveitamento indevido de deduções na venda das participações societárias.
  • Ganho de capital indireto: criam-se regras claras para apuração do ganho de capital em alienações indiretas de ativos no Brasil por empresas no exterior.
  • Apuração trimestral do IRPJ: todas as empresas deverão apurar trimestralmente o IRPJ e CSLL. A medida dá uniformidade aos regimes de tributação das empresas, reduz o tempo gasto para apuração de impostos, reforça o caixa das empresas e favorece setores impactados por sazonalidades.
  • Simplificação: aproximação das bases de cálculo de IRPJ e CSLL. O objetivo da medida é reduzir custos desnecessários e aumentar a eficiência.
2ª fase da reforma tributária
Imagem de Buffik por Pixabay

Investimentos financeiros

Os objetivos das mudanças trazidas pela 2ª fase da Reforma Tributária para investimentos financeiros são:

  • Facilitar a vida do investidor;
  • Harmonizar o tratamento de grandes e pequenos;
  • Cortar privilégios dos grandes.

Veja quais são as medidas propostas:

  • Operações em bolsa de valores: a apuração passa a ser trimestral com alíquotas de 15% para todos os mercados. Além disso, a compensação de resultados negativos pode ocorrer entre todas as operações, inclusive day-trade e cotas de fundos negociadas em bolsa.
  • Ativos de renda fixa: passa a ser adotada uma alíquota única de 15% – acabando com o atual escalonamento em função da duração da aplicação.
  • Fundos abertos: também passa a ser adotada uma alíquota única de 15% e acaba o atual escalonamento em função da duração da aplicação.
  • Fundos fechados: será alíquota única de 15% e o mesmo tratamento dos fundos abertos para “come-cotas”. Com isso, os fundos exclusivos (utilizados por pessoas com mais recursos) passam a pagar como os demais.
  • Fundos de Investimento Imobiliário (FII): fim da isenção sobre os rendimentos distribuídos a pessoa física no caso de FII com cotas negociadas em bolsa a partir de 2022. Além disso, a tributação dos demais cotistas cai de 20% para 15% na distribuição de rendimentos, na amortização e na alienação de cotas.

Quer entender melhor os impactos da 2ª fase da Reforma Tributária? Confira esse vídeo com a visão de Yvon Gaillard, Co-founder & Head of Sales da Dootax:

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